terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Faça as pazes com a sua idade



Entenda que cada fase da vida tem suas delícias e suas dores; traz coisas boas e leva outras embora. Sim, estamos falando do corpo com tudo no lugar, que exige manutenção mais cuidadosa à medida que o tempo passa e que pode deixar a gente à beira de um ataque de nervos. Mas também das experiências que vivemos e que, não tem jeito, mudam a gente para sempre. O segredo para não entrar em crise - com a aparência e as emoções - é viver cada etapa da vida de coração aberto e cabeça no lugar, tentando entender os ganhos que cada período traz. Aos 40 e poucos, é normal não caber mais nas roupas que você usava dez anos atrás (se você teve filhos, então...) e perceber na pele os primeiros sinais do tempo. Liberte- se das cobranças (suas e dos outros) e curta a maturidade que ganhou, a beleza que se transformou e a vida, que fica mais gostosa à medida que você aprende a valorizá-la. Desprenda-se do que ficou para trás e se apaixone por você agora. 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O Sentimento do Outro (Artur da Távola)


"O mais difícil dos sentimentos, é o sentimento do outro. O outro é ele e és tu.
Ele é realmente o outro ou é parte tua que não queres ser, saber, ver ou
aceitar? Tu és o outro para os outros, logo és igual a ele. Todos somos
"outros". E no entanto o outro invade, ameaça, mastiga ...
de boca aberta, irrita,
oriça, machuca. Até teu filho é o outro. E tu, pobre pretensioso, pensas que ele
é teu...

O sentimento do outro quantas vezes te faz parar, meditar, deixar de fazer o
melhor que tens ou podes, só porque o outro é o mistério que te ameaça. Por que
o outro te ameaça? Porque ele é tu. Quanto maior teu sentimento do outro, maior
será teu o sentimento do melhor e do pior que tens.

O sentimento do outro não é sentir por ele. É saber porque ele sente. É avaliar
o como e o quanto ele sente. O sentimento do outro não é o masoquismo de fazer
teu, um sofrimento que só a ele pertence. É dimensionares certo a medida do
sofrimento dele e só poderes ajudar porque não fazes teu um sofrimento que é
dele, mas o entendes e sentes, na exata medida de sua extensão, sem as marcas e
as limitações da dor enquanto dói.

O sentimento do outro, cuidado com ele, vai te obrigar a ceder, a entender. Ele
vai atrapalhar para sempre teu desejo, tua gula e vontade. O sentimento do
outro é aquilo que é mais prático não ter. Mas que, em o tendo, não podes deixar
de exercer. Senão fermentas. Senão apodreces.

Ele freará tua vitória, calará teu brilho e tua boca, impedirá tua eficiência.
Pode até te pregar a suprema peça de te fazer entender os detestáveis. Cuidado
com ele! Quanto maior, mais anulador! Quanto mais anulador, mais cheio de
grandeza.

O sentimento do outro fará ser tua culpa do que não deu certo. E fará ser dele a
glória do que acertou. O sentimento do outro te fará tímido, herói, cais,
antena. Ser antena dilacera, sabias? O sentimento do outro te exigirá nervos,
músculos, e uma paciência de anacoreta. Quanto mais o outro o perceba em ti,
mais ele te invadirá, cobrará, exigirá, até quando, exaurido, ainda consigas
juntar os cacos do teu cansaço para, ainda assim, prosseguir.

O sentimento do outro é tua glória e tua tragédia! Tanto mais o terás quanto
encontras em ti os escaninhos escurecidos do que és e, ao mesmo tempo as luzes
do que, ainda puro, brilha em ti.

O sentimento do outro é a ponte que nem sempre sabes construir e mesmo quando a
constróis, nem sempre ela agüenta o peso. Mas é a reconstrução permanente a cada
vez que ela desaba.

O sentimento do outro é também feito de magias, como tua abertura para o Todo. É
a conversa (para os outros maluca) com teu corpo, com tua conjuntivite, tua
prisão de ventre, teu pâncreas, tua árvore, teu amuleto, teu gato, teu mingau,
teu cachorro e tuas mentiras. É a "aceitação" do que vai além da tua razão
repressora. Do mistério, do sortilégio, do segredo, do encantamento, da
infância.

O sentimento do outro é aceitar que te chamem de estúpido, ingênuo, idiota, ou
coisas mais graves, como conciliador ou santo de araque, quando sabes não ser
nada disso. E deixar sem ódio o equívoco a teu respeito até que o tempo se
encarregue de o desfazer.

O sentimento do outro é aceitar porque razões o outro (por mais que o queira),
não pode confiar em ti. É porque ele faz de ti o outro e, portanto, ele mesmo:
talvez por isso não te (se) sinta, perceba, intua ou revele. O sentimento do
outro é o que te dará a dimensão da justiça, o que encantará teu sentido de
igualdade, o que dará direção à alegria que pretendes seja flor aberta no
coração de cada pessoa.

O sentimento do outro te fará farrapos, humilhações, ataduras e esparadrapos
existenciais; retornos solitários para casa; artesão de impossibilidade, moleque
safado do próprio valor. Te fará ser chamado de burro, de débil, de complicado,
de indeciso, de vago, talvez até te cuspam na cara. Ou se virem de costas com
horror da tua lucidez ou medo da limpidez do teu olhar. O que é limpo "espelha".
O que é espelho, amedronta.

O sentimento do outro é o conteúdo do Amor ao próximo."

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A CRIANÇA E SEU PROCESSO DE COMPREENSÃO DA MORTE.

A psicóloga Maria Cristina Capobianco dá dicas aos pais e professores de como se deve conversar e ajudar a criança a entender o processo da morte.
A cada idade os recursos que uma criança tem para compreender os fenômenos que acontecem na sua vida são diferentes. Estes recursos variam e dependem de vários fatores, entre eles, sua maturidade e sua percepção do mundo a sua volta, sua história de vida, a forma como os pais e a escola lhe passam a informação e as crenças religiosas de seus pais.

Cada criança se desenvolve num ritmo singular e é importante lembrar que os pais conhecem seu filho e precisam guiar se por sua percepção e intuição que tem em relação a momento da criança no processo de crescimento.
A psicóloga Maria Cristina Capobianco explica que as pessoas ao falar da morte com uma criança temem trazer a tona ou provocar um sofrimento desnecessário e muitas vezes preferem esquivar-se das perguntas que as crianças têm a respeito deste tema. Existe a crença de que se não se toca no assunto, haverá menos sofrimento. “Muito pelo contrário, se não damos a chance à criança a falar dele, a expressar sua curiosidade, estamos deixando-a só com seus receios e fantasias. Esta solidão e falta de informação objetiva pode despertar um maior sofrimento”, afirma a terapeuta.
Descubra como conversar sobre diversos assuntos com as crianças . A psicóloga separou por faixa etária como se deve conversar com as crianças sobre assuntos polêmicos como: morte, separação dos pais, doença por parte da criança ou de algum parente e como apoiar a criança nos momentos difíceis.
                                                
Do nascimento até os 3 anos:
A percepção da criança: o bebê ou a criança percebe ou sente quando há a sua volta excitação, tristeza, ansiedade; percebe quando falta uma pessoa significativa ou a presença de pessoas novas ou estranhas ao ambiente familiar, porém ainda não possui recursos para compreender a morte, mas absorve as emoções daqueles que o rodeiam e pode mostrar sinais de irritabilidade, mudanças nos seus hábitos alimentares ou sono. Às vezes, se já adquiriu o controle dos esfíncteres, pode haver uma recaída e a criança pode fazer xixí ou cocô na cueca ou na calcinha. Depende muito da comunicação não verbal, do cuidado físico, do afeto e precisa ser reassegurado.

O tipo de apóio que pode ser oferecido é de manter as rotinas e a estrutura familiar sempre que possível. Se por alguma razão seus pais precisam se afastar, é importante escolher uma babá ou alguém da família que seja afetivo e que possa oferecer contato físico. Esclarecer sempre que possível a razão pela qual os pais estão tristes e porque as pessoas choram.
Se ele freqüenta o maternal, os professores podem e devem orientar os pais, fazendo uma reunião com todos explicando o processo de elaboração do luto das crianças. Também podem falar para os coleguinhas sobre o momento que a criança está passando.

Dos 3 aos 6 anos:
A percepção da criança: A criança acha que a morte é reversível, temporária, que a pessoa que faleceu voltará a qualquer momento. Nesta fase a criança é regida pelo que denominamos o pensamento mágico e egocêntrico: ela pensa que suas ações, sentimentos ou palavras são como varinhas de condom. As crianças dessa faixa etária, acreditam que a morte pode ser vista como um castigo devido a um mau comportamento.

A criança sente o impacto das emoções dos seus pais e irmãos; e freqüentemente o não dito o afeta provocando regressões, como fazer xixí na cama, chupar o dedo, segurar um paninho, etc.
Geralmente nessa etária os filhos têm dificuldade de expressar seus sentimentos verbalmente e conseqüentemente o faz através de ação; pode ficar mais agressivo, irritado ou impaciente quando brinca.
Perguntará as mesmas perguntas sobre o desaparecimento da pessoa muitas vezes, pois ele está se esforçando para adquirir recursos para compreender o conceito de morte, de perda. Pode exibir tristeza em alguns momentos; também sintomas somáticos, constipação, dor de barriga e irritações na pele. Também pode demonstrar uma intensificação da sua necessidade de contato físico, mesmo de pessoas estranhas. Às vezes associa fatos quem não tem relação; ou pode mostrar ansiedade se pensa que a pessoa que morreu pode voltar como um “fantasma”.

É importante oferecer oportunidades para que a criança possa desenhar ou pintar e expressar seus afetos, também de ler livros sobre histórias que falem da morte ou de perda de algum personagem ou herói.
 Ajudar a criança a identificar o que está sentindo, traz conforto para ela e também a ajuda a expressar seus sentimentos através da fala. É fundamental ser honesto e admitir que às vezes não tenhamos resposta para certas perguntas.

Na escola, os professores podem tocar no assunto, e explicar aos coleguinhas que a criança está passando por um momento triste, que precisa de cooperação e paciência. Podem ser realizadas reuniões com os pais para esclarecimento de condutas/comportamentos. É importante explicar os fatos de forma concreta, não utilizar eufemismos e dar esclarecimentos sobre a realidade física da morte confrontando-a com seu pensamento mágico, suavemente.  Os pais precisam verificar que a criança não se sinta responsável pela morte e precisam ser pacientes com os comportamentos regressivos ou infantis que ela possa apresentar. A criança tentará imitar as atitudes dos pais em relação como lidam com a perda, a dor, o sofrimento. Então é importante evitar os clichês, como “você pelo menos tem outro irmão” ,”Sempre podemos comprar outro animal de estimação”, pois eles revelam uma atitude muito “prática” de tentar apagar ou que aconteceu e substituir com um outro prazer “tampando” a emoção. Dizer que a “mãe foi dormir”, ou “Deus levou a vovó”, pode confundir a criança são sugestões que podem ser evitadas.

Dos 6 aos 9 anos:
A percepção da criança: Algumas crianças começam a entender as causas objetivas da morte, algumas ainda não. Ainda podem ver a morte como um espírito que vem para levar a pessoa; pode pensar que a morte é contagiosa e ela pode morrer também. A criança se seduz por o tema de mutilação e mostra curiosidade em relação ao aspecto do corpo morto.

Pode associar a morte com violência, devido a isto freqüentemente pergunta “Quem o matou”? Cria categorias em relação a quem pode morrer: os mais velhos e os que apresentam deficiências.
Nesta fase se preocupa com o que acontece com os mortos, como vivem, comem e respiram. Mesmo neste momento pode apresentar ansiedade e ter dificuldade de expressar suas emoções e sentimentos de desamparo. Pode apresentar diferentes sintomas transitórios como fobias, regressões, psicossomatizações. Se os pais não trabalharem esses sintomas, eles podem perpetuar se por mais tempo.
Neste período a criança se sente acompanhada se os adultos conversam com ela e a ajudam a identificar seus sentimentos, a esclarecer suas percepções e fantasias. Oferecer chances para que a criança possa desenhar e pintar e soltar sua criatividade em relação ao tema e seus sentimentos. É fundamental que a criança possa fazer isto livremente, sem receber críticas em relação a sua “obra”. Ajudar a criança a controlar seus impulsos pode aliviá-la no controle da sua dor.
Ter mais tempo para ouvir os sonhos da criança e lembrar à criança de tudo aquilo que era positivo da pessoa ou animal que perdeu. Ter fotos pode ser algo interessante.É importante que os pais e a escola se comuniquem, e que os professores saibam o que está acontecendo na família para que possam se tornar colaboradores nesta fase.

Dos 9 aos 13 anos:
A percepção da criança: À medida que passa o tempo a criança tem mais recursos mentais e emocionais para compreender as causas da morte. Agora se preocupa com o fato de como vai mudar sua vida com a perda da pessoa, do relacionamento. Apresenta resistência a se abrir e falar de suas emoções. No inicio pode parecer que ela não se importa com o que aconteceu, que ignora os eventos, que faz de conta que não houve morte. Os sentimentos de angustia e tristeza demoram a aparecer, e ela pode ter uma tendência a se isolar. Começa a mostrar interesse em rituais religiosos. Nesta fase se for um dos seus pais que faleceu, a criança pode querer assumir as responsabilidades do falecido e tomar seu lugar para ajudar e aliviar a tristeza de quem ficou. Isto se torna um peso e causa de futuras somatizações e conflitos.

Estimule a discussão sobre o tema da morte, tanto em casa como na escola. Aproveite mortes de outros, pessoas famosas, conhecidas para mostrar como estes processos são parte da vida. Ofereça modelos de pessoas que passaram por momentos difíceis. É importante ser paciente com as crianças se resistem a fazer suas lições de casa, se apresentam distraídos ou desligados, tente compartilhar seus sonhos e fantasias.
Ajudar os filhos ou os alunos a superar as dificuldades, mesmo na tenra infância é tarefa de pais e educadores, pois desta forma eles poderão oferecer meios para que as crianças construam seus recursos internos para enfrentar as dificuldades do mundo adulto e tornarem-se pessoas com capacidade para lidar com suas emoções e criar a empatia para lidar com as dos outros.
 
  

terça-feira, 6 de novembro de 2012

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O QUE É DISLEXIA?
A palavra dislexia é derivada do grego "dis" (dificuldade) e "lexia" (linguagem).


Dislexia é uma falta de habilidade na linguagem que se reflete na leitura.

Dislexia não é causada por uma baixa de inteligência. Na verdade, há uma lacuna inesperada entre a habilidade de aprendizagem e o sucesso escolar. O problema não é comportamental, psicológico, de motivação ou social.

Disle
xia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem. As atuais pesquisas, obtidas através de exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as informações de um modo diferente. Pessoas disléxicas são únicas; cada uma com suas características, habilidades e inabilidades próprias.

Importante ressaltar que somente uma equipe multidisciplinar formada por profissionais capacitados (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista), poderá, através do histórico e das avaliações pelas quais será submetido o indivíduo, dar o diagnóstico de dislexia.

A complexidade do entendimento do que é Dislexia, está diretamente vinculada ao entendimento do ser humano: de quem somos; do que é Memória e Pensamento- Pensamento e Linguagem; de como aprendemos e do por quê podemos encontrar facilidades até geniais, mescladas de dificuldades até básicas em nosso processo individual de aprendizado. O maior problema para assimilarmos esta realidade está no conceito arcaico de que: "quem é bom, é bom em tudo"; isto é, a pessoa, porque inteligente, tem que saber tudo e ser habilidosa em tudo o que faz. Posição equivocada que Howard Gardner aprofundou com excepcional mestria, em suas pesquisas e estudos registrados, especialmente, em sua obra Inteligências Múltiplas. Insight que ele transformou em pesquisa cientificamente comprovada, que o alçou à posição de um dos maiores educadores de todos os tempos.

Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente...

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

As brincadeiras de faz-de-conta e seu importante papel.

O faz-de-conta é marcado por um diálogo que a criança estabelece com seus parceiros e mesmo com bonecos. Ele requer constante negociação de significados e de regras que regem uma situação conforme as crianças assumem papéis, o que faz com que o desenrolar do enredo construído pelas interações das crianças seja sempre imprevisível. Com isso a brincadeira cria novidades.
 
Por meio do brincar de faz-de-conta, as crianças buscam superar contradições, motivadas pela possibilidade de lidar com o acaso, com a regra e a ficção, e pelo desejo de expressar uma visão própria do real, embora por ele marcada. Na linguagem criada no jogo simbólico, dentro de uma atmosfera “como se fosse assim ou assado”, a criança recombina elementos perceptuais, cognitivos e emocionais, cria novos papéis para si e reorganiza cenas ambientais, criando espaço para a fantasia.
 
Ao brincar de faz-de-conta, as crianças, ao mesmo tempo em que desenvolvem importantes habilidades, elas rabalham alguns valores de sua comunidade, examinam aspectos da vida cotidiana, apreendem os matizes emocionais de diferentes personagens, são capturadas por representações sociais sobre determinados eventos.
 
O jogo de faz-de-conta desenvolve-se a partir das atitudes e desejos dos “jogadores” que usam certos objetos na definição de uma situação onde há determinadas regras.
 
Conforme têm maior experiência de criação de situações imaginadas, as crianças passam a ter maior controle sobre a história que vai sendo criada, podendo planeja-la,distribuir com maior facilidade os papéis que a compõem, construir cenários para neles brincar. Tais aquisições tornam a brincadeira não só mais complexa, mas muito mais prazerosa, 
pois ampliam o controle da criança sobre a produção do enredo e consolidam a dimensão da fantasia que ela está desenvolvendo.
 
Com o seu desenvolvimento, a criança passa a apreciar jogos de regras, nas quais criam formas de alcançar um determinado objetivo obedecendo a limitações colocadas pelas normas acordadas pelos jovens jogadores. Aprender a explicar as regras de uma brincadeira para outra criança pode ampliar a compreensão que a própria criança que explica tem do seu comportamento na atividade. 
Conforme ampliam seu domínio em relação à estrutura básica de um jogo de faz-de-conta, ou de uma brincadeira tradicional ou de um jogo de regras simples, as crianças podem sugerir modificações nos personagens, enredo ou regras de uma brincadeira.
 
As crianças podem ainda construir brinquedos e cenários para suas brincadeiras, ajudadas pelos recursos que o professor lhes proporciona: materiais, sugestões, realização das ações mais difíceis, dentre outros.
 
Desafiadas pelas situações novas ou incongruentes construídas nas diferentes formas de brincadeiras, as crianças exploram encaminhamentos inovadores que têm que ser disputados e negociados com diferentes parceiros, e passam a fazer parte da cultura daquele grupo infantil. Elas também são espaços de poder que as crianças ocupam para exercer o controle não só sobre si mesmas, mas para se diferenciar e confrontar os adultos e a cultura do mundo adulto.
 
Fonte: Orientações Curriculares para Educação Infantil.

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, NÃO É DEFICIÊNCIA MENTAL.

Muita gente confunde deficiência mental e doença mental. Essa confusão é fácil de entender: os nomes são parecidos; as situações envolvidas, para leigos, são também parecidas. Mas são duas coisas bem distintas.
Segundo o DSM IV (Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais, edição de 1994), a deficiência mental é caracterizada por:
"Um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidados, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, auto-suficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança. O início deve ocorrer antes dos 18 anos".
   Ou seja, a deficiência mental, ou deficiência intelectual, não representa apenas um QI baixo, como muitos acreditam. Ela envolve dificuldades para realizar atividades do dia-a-dia e interagir com o meio em que a pessoa vive.
   
Já a doença mental engloba uma série de condições que também afetam o desempenho da pessoa na sociedade, além de causar alterações de humor, bom senso e concentração, por exemplo. Isso tudo causa uma alteração na percepção da realidade. As doenças mentais podem ser divididas em dois grupos, neuroses e psicoses. As neuroses são características encontradas em qualquer pessoa, como ansiedade e medo, porém exageradas. As psicoses são fenômenos psíquicos anormais, como delírios, perseguição e confusão mental. Alguns exemplos de doenças mentais são depressão, TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), transtorno bipolar e esquizofrenia.
   
O tratamento das duas condições também é diferente. Uma pessoa com deficiência mental precisa ser estimulada nas áreas em que tem dificuldade. Os principais profissionais envolvidos são educadores especiais, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Medicamentos são utilizados quando a deficiência mental é associada a doenças como a epilepsia. Alguns dos profissionais citados também participam do tratamento da doença mental, como os psicólogos e terapeutas ocupacionais. Mas, além deles, é imprescindível o acompanhamento de um psiquiatra. Esse médico coordena o tratamento, além de definir a medicação utilizada para controlar os sintomas apresentados pelo paciente.
   
Em resumo, a principal diferença entre deficiência intelectual e doença mental é que, na deficiência mental, há uma limitação no desenvolvimento das funções necessárias para compreender e interagir com o meio, enquanto na doença mental, essas funções existem mas ficam comprometidas pelos fenômenos psíquicos aumentados ou anormais.
   
É importante destacar que as duas podem se apresentar juntas em um paciente. Pessoas com deficiência mental podem ter, associada, doença mental. Sendo assim, o tratamento deve levar em conta as duas situações.

Por que contar histórias é importante?


A história é uma narrativa que se baseia num tipo de discurso calcado no imaginário de uma cultura. As fábulas, os contos, as lendas são organizados de acordo com o repertório de mitos que a sociedade produz. Quando estas narrativas são lidas ou contadas por um adulto para uma criança, abre-se uma oportunidade para que estes mitos, tão importantes para a construção de sua identidade social e cultural, possam ser apresentados a ela.
Um dos principais objetivos de se contar histórias é o da recreação. Mas a importância de contar histórias vai muito além. Por meio delas podemos enriquecer as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a ela viver o imaginário.
Além disso, as histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para o pensamento, tais como a comparação (entre as figuras e o texto lido ou narrado) o pensamento hipotético, o raciocínio lógico, pensamento divergente ou convergente, as relações espaciais e temporais( toda história tem princípio, meio e fim ) Os enredos geralmente são organizados de forma que um conteúdo moral possa ser inferido das ações dos personagens e isso colabora para a construção da ética e da cidadania em nossas crianças.

A diferença entre ler e contar uma história
São duas coisas muito diferentes, porém ambas muito importantes. Um texto escrito segue as normas da língua escrita, que são completamente diferentes daquelas da linguagem falada. Quando uma criança ouve a leitura de uma história ela introjeta funções sintáticas da língua, além de aumentar seu vocabulário e seu campo semântico.  Porém, aquele que lê a história deve dominar a arte de contá-la, estar preparado suficientemente para fazê-lo com apoio no texto, sabendo utilizar o livro como acessório integrado à técnica da voz e do gesto.
Além disso, quem lê para uma criança não lhe transmite apenas o conteúdo da história; promovendo seu encontro com a leitura, possibilita-lhe adquirir um modelo de leitor e desenvolve nela o prazer de ler e o sentido de valor pelo livro.
Há opiniões divergentes neste campo: alguns autores consideram que o contador sem o livro tem mais liberdade de acentuar emoções, modificar o enredo segundo as reações da criança e portanto, melhor comunicação com o público infantil. Teria ainda mais disponibilidade para trabalhar sua voz e seu gesto.
Somos partidárias, neste aspecto de que o importante é como ler e como contar, porque é preciso que se tenha técnica e preparo para despertar o desejo e o prazer das crianças.

Segundo Luiza Lameirão, existem dois tipos de histórias: aquelas que servem de alimento para a alma, permitindo a transmissão de valores e de imagens arquetípicas fundamentais para a construção da subjetividade; e aquelas que servem para despertar o raciocínio e o interesse da criança para formas de agir e estar no mundo
- são chamadas histórias matéria - importantes para a estruturação dos aspectos objetivos de nossa personalidade. Estas últimas devem ser selecionadas de acordo com o desenvolvimento cognitivo do ouvinte porque exigem maior compreensão racional e analítica.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Nosso lado "sombra"

Todos possuem uma Sombra. Um dos mais famosos princípios de Carl Jung, a Sombra é tudo o que não queremos ser, mas somos. É a parte de nossa personalidade que lutamos para não mostrar aos outros. Escondida, ela age contra a própria pessoa. Quando é aceita e compreendida, a Sombra torna-se uma poderosa aliada na busca pela plenitude.

(...) reconhecer as diversas máscaras que as pessoas usam para se proteger, como a Sedutora, a Vítima, o Valentão, o Cuca Fresca e o Solitário, entre outras. Entender tais máscaras e o que elas escondem é essencial para que se enxergue além do superficial e acordar da negação.

(...) a aceitação de seu “lado negro” e da eliminação da necessidade do “falso eu”, que se pode resolver a batalha que ocorre dentro de cada um. Dessa forma, a pessoa ganha coragem e confiança para ver as coisas exatamente como elas são, sem se enganar ou se iludir... Todos são capazes de conquistar a paz, aceitando um pouco mais as inseguranças, vergonhas, medos, vulnerabilidades e não aprendendo novos truques e estratégias para esconder as imperfeições.


O que não damos, perdemos.

Quando sentimos que oferecemos algo ao próximo, de repente tomamos consciência de nosso valor. Ninguém é mais pobre que uma pessoa que não dá nada, pois é na doação que demonstramos nossa riqueza.
E não se trata apenas de bens materiais.
A maior avareza que existe é a do coração. Os que andam pelo mundo sem transmitir seus sentimentos acabam aprisionados em uma couraça, impedidos de sentir qualquer coisa, como no conto O cavaleiro preso na armadura, de Robert Fischer.
Sobre isso, o dramaturgo Alejandro Jodorowsky disse o seguinte:
“O que você dá, dá. O que não dá, perde.”
Vale a pena verificar em que nível está nosso intercâmbio com o mundo. Assim como acontece com a economia dos países,a prosperidade depende da circulação de riquezas. Quando elas param, perdem o valor e a economia entra em recessão. O mesmo acontece com a riqueza do coração.
Tão importante quanto dar é saber receber. Somente as pessoas capazes de fazer o amor fluir em ambas as direções podem se considerar prósperas emocionalmente.

Do Livro Nietzsche para Estressados

Dicas interessantes que compartilho com vocês:



- Perfumando a casa:

DICA 1-Para deixar sua casa perfumada vaporize um pouco de perfume nas lâmpadas apagadas das salas, banheiros e quartos. Quando acesas, vão espalhar um aroma agradável.

DICA 2-Para perfumar a cozinha depois de usá-la coloque em um borrifador, álcool e cravo da Índia e deixe descansar por alguns dias. Além de perfumar o ambiente afasta as moscas.

- Para acabar com as formiguinhas que aparecem na pia e no armário coloque alguns cravos da Índia.

- Para tirar manchas de tinta da roupa, deixe-a de molho no leite, ou esfregue-a com sal e limão ou ainda com líquido de Dakin (hipoclorina).

- Para tirar o mofo de armários , coloque um saleiro com bicarbonato de sódio ou cal virgem na gaveta do mesmo.

- Para tirar manchas de gordura da roupa, coloque farinha de trigo ou talco sem perfume sobre a mesma, coloque um papel absorvente e passe o ferro por cima do papel. A gordura ficará no papel.

- Para tirar manchas de café ou chá da roupa, lave imediatamente com água fervente ou esfregue com um cubinho de gelo.

- Para tirar manchas de vinho tinto das roupas, coloque em seguida sôbre ela, farinha de mandioca ou polvilho, até que embeba a farinha. Depois, lave com água e sabão.

- Os vidros ficarão limpos e transparentes se lavados com uma mistura de 1 litro de água e 1 colher de vinagre.

Significado das Cores

A influência psicológica das cores:

Devemos usar sempre uma cor quente e uma fria juntas. Nosso mundo é um mundo de polaridades: dia e noite, quente e frio, alegria e tristeza, yin e yang, etc. A influência das cores pode ser notada não somente na decoração, mas também na maneira de vestir, como terapia, na expressão de um quadro, traduzindo o estado de ânimo das pessoas e a maneira como gostariam de ser vistas.

Vermelho 

É uma cor que tem bastante energia. Faz a pessoa se sentir intrépida, ousada, poderosa, corajosa. Todos nós precisamos de um pouco de vermelho em nossa aura para motivar-nos. Seus tons e matizes sugerem muitas características. Desde a determinação e vontade de cuidar dos outros à insensibilidade, violência e egoísmo. Quando esta cor é usada com equilíbrio, seu efeito é muito positivo. Para isso, devemos usar o verde, o amarelo-dourado que significa sabedoria ou o azul, que vai esfriar um pouco o vermelho. Locais como teatros, restaurantes, bares e cassinos podem ser deliberadamente decorados com vermelho, pois esta cor estimula o apetite e nos faz perder a noção do tempo.

Tons de Rosa

Mistura de branco com o vermelho. Tons rosados proporcionam calor, afeto e podem ser relaxantes. Os tons róseos mais quentes têm efeito positivo, pois tornam as pessoas mais ativas e desejosas de progresso. Ideal para serem colocados em casas ou asilos de pessoas idosas, pois não vão permitir que essas pessoas fiquem apáticas ou percam o interesse pela vida, ao contrário, vão causar uma mudança de personalidade onde essas ficaram mais ativas e vigorosas.

Laranja

Ajuda a pessoa a despertar seu potencial, defender seu próprio ponto de vista e ser mais confiante. Os tons mais pálidos desta cor estimulam a comunicação das pessoas, bem como a descoberta e o desenvolvimento da criatividade. É uma cor de grande vitalidade e pode ser usada em lanchonetes, restaurantes, etc. O laranja-escuro deve ser usado com moderação, pois pode causar uma sensação de desamparo e insegurança. O laranja-claro proporciona uma sensação de conforto, alegria e expressividade. Todos os artistas criadores deveriam usar esta cor, principalmente acompanhada do azul.

Amarelo

Também uma cor de grande energia, pois é associada com a luz do Sol. É quente, expansiva, ativa a mente a abrir para novas idéias. Ajuda na aprendizagem, pois afeta o plexo solar (núcleo do sistema nervoso central que é um dos principais centros provedores de informação do cérebro). Essa cor alimenta o ego, mas em demasia pode tornar a pessoa "egocêntrica". O amarelo e o branco juntos devem ser usados com parcimônia, pois podem causar uma sensação de insegurança e instabilidade. Devemos usar com moderação os tons de amarelo-escuro, como o mostarda, pois em demasia podem exercer um efeito negativo como pessimismo e negatividade. Pode ser usado em halls, corredores e lugares onde têm pouca luz, pois dá uma sensação do espaço. Esta cor é associada com o intelecto, as idéias e a inquirição mental.

Verde

É a cor do equilíbrio e da harmonia. Ajuda a reduzir o estresse e a tensão, pois é um meio de baixar a pressão arterial. É uma cor que está associada com a auto-estima e nos ajuda a fluir com os acontecimentos, dando uma sensação de liberdade e fluidez. É relaxante e repousante, mas não deve ser usada sozinha, pois pode deixar o ambiente estático. O verde-escuro proporciona uma sensação de força e estabilidade. O verde-claro é ótimo para crianças, que geralmente o adora. Ele afeta a área do coração e nos ajuda a ser mais afetuosos. O verde-maçã indica uma casa onde se dá importância 'às crianças, 'à família e aos animais. Pode indicar também pessoa que tende a acumular posses e não jogar nada fora. O verde usado com cores mais claras irradia uma energia de relaxamento e paz. É uma cor que está ligada 'à auto-estima.

Azul

O azul é uma cor terapêutica, que relaxa, acalma e esfria. Pode ser associdado à lealdade, integridade, respeito, responsabilidade e autoridade. Mas usado em demasia, pode deixar o ambiente frio, pode fazer com que a pessoa fique indiferente, retraída e com sono. O índigo pode trazer à tona velhos medos, portanto deve ser usado com o rosa. O azul-escuro e profundo é uma cor que remete a integridade e honestidade. As pessoas que se entregam à mentira e são desleais não costumam se sentir bem em um ambiente com esta cor, pois ela tende a fazê-las se sentir culpadas. Ele pode ser usado com amarelo para ativar a mente e a intuição, com o vermelho para manifestar as emoções, com o rosa para trazer à tona o lado afetuoso e com o pêssego para estimular a criatividade.

Violeta

Ou as pessoas odeiam ou elas amam... Essa cor tem uma vibração muito rápida e estimula o lado artístico. Ela é associada a ideais nobres, como devoção e lealdade. Quando usado com o amarelo estimula a introspecção para encontrar nosso eu. Quando usado com o verde estimula a generosidade e caridade. De todas as cores, a violeta é a mais poderosa, afeta muito as pessoas, portanto devemos usá-la com critério. Violeta-claro não deve ser usado sozinho, pois pode causar um desinteresse da pessoa pelo mundo.

Púrpura

Ativa as emoções básicas e, para não causar desequilíbrio, deve ser usada com o verde.

Magenta

Cor muito animadora. É viva e dramática e estimula as pessoas a tomarem decisões. Deve ser usada, pelo menos nos detalhes, em empreendimentos comerciais. Grande harmonia quando usada com o verde.

Turquesa

É uma cor extremamente repousante e relaxante, mas deve ser usada sempre acompanhada de uma cor quente. Na cromoterapia, é usada como meio de acalmar o sistema nervoso.

Marrom

Cor que nos proporciona a sensação de que tudo é permanente, sólido e seguro. É a cor da estabilidade quando usada no seu estado natural, tal qual nos móveis, etc. Transmite uma energia positiva.

Cinza

Embora muitos digam que é uma cor de neutralidade, seu efeito não passa desapercebido. É uma cor associada ao medo e negatividade, portanto devemos usar seus tons mais claros e sempre acompanhados com cores quentes.

Branco

Realça todas as cores. Pode fazer com que elas ganhem luminosidade e vida. Um ambiente todo branco pode dar a sensação de falta de força e profundidade.

Preto

É imponente, mas só quando usado com outra cor. Do contrário, pode nos deixar indiferentes, inacessíveis e prepotentes ao extremo.

SER PSICÓLOGO ...

SER PSICÓLOGO É TER A ARTE DE CONDUZIR
CONDUZIR, NÃO DIRIGIR
É SER EMPÁTICO, É ESTAR JUNTO
... É SER PESSOA
... É ESTAR NO AQUI E AGORA
É SER EMPÁTICO
É SER, PENSAR EM SER
É ESTAR, SEM INTERFERIR
É BUSCAR
NÃO FERIR
(Thelma Oliveira)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

TRISTEZA É DIFERENTE DE DEPRESSÃO

Depressão é um termo muito comentado nos últimos anos. De uma hora para a outra, esta palavra caiu no agrado popular e passou a ser usada para classificar toda e qualquer pessoa que enfrenta um momento de tristeza.
Há, entretanto, grandes diferenças entre tristeza e depressão, pois enquanto a primeira é sinal de saúde, a segunda é sinônimo de doença.
Com o avanço dos remédios anti-depressivos, a tristeza tornou-se um sentimento evitável e a cada dia cresce o número de pessoas que procuram tomar medicação para superar os momentos difíceis da vida. O ideal, entretanto, não é fazer a tristeza desaparecer com o uso de remédios. Isto porque, a tristeza não é uma doença e, sim, uma reação normal frente a uma situação de perda, decepção ou frustração.
Vivenciar a tristeza permite que o indivíduo elabore suas perdas e se reorganize internamente, podendo superar a fase de dificuldade de maneira saudável.
A depressão, por outro lado, é um distúrbio cujas características vão muito além da tristeza. O indivíduo deprimido sente-se infeliz na maior parte do tempo, mesmo sem causa aparente. A pessoa perde a capacidade de apreciar situações que antes lhe traziam prazer, deixa de conviver com amigos e familiares, apresenta perda de concentração, pode ter ganho excessivo de peso, pode sentir dores pelo corpo e mostrar-se mais ansioso ou irritado do que o normal. Por todas estas características, a depressão é uma doença altamente incapacitante e que requer auxílio profissional para ser controlada.
A análise do funcionamento cerebral revela que a depressão envolve uma alteração do funcionamento neuropsíquico do cérebro, havendo um desequilíbrio dos neurotransmissores que regulam o humor.
As causas deste mal não são bem conhecidas e acredita-se que fatores genéticos e ambientais (perdas e eventos estressantes) influenciem o desencadeamento do problema. Assim, o tratamento da depressão requer uma combinação de terapias medicamentosas e psicológicas, e ao suspeitar do problema, recomenda-se que o indivíduo procure imediatamente um psiquiatra ou psicólogo para diagnosticar o quadro.
Como se nota, tristeza e depressão não são sinônimos. Por mais que o sentimento de tristeza seja penoso, ele é necessário para a superação das dificuldades. O mesmo não se pode dizer da depressão que, caso não seja tratada, pode comprometer toda a saúde física e mental do indivíduo.

 Flávia Leão Fernandes
CRP 06/68043 Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia pela Universidade de Londres, Inglaterra e especialista em Psicologia Hospitalar.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Me identifico muito com essa fala de CORA CORALINA

Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.

O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
 Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. 

Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.

Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A arte de conhecer a si mesmo

Desenhos são símbolos. E ao longo da história, em todas as culturas, muitas manifestações artísticas - dança, música, esculturas, pinturas corporais ou na areia etc. - têm sido usadas pelo homem em seus rituais de cura. A explicação para isso é que todas essas atividades possibilitam a decodificação das sensações.
Em uma sessão de Arteterapia, esse ritual se repete. A criação acontece de forma espontânea, sem preocupação com padrões estéticos. Entre os instrumentos utilizados estão pintura, colagem, modelagem, fotografia, tecelagem, expressão corporal, teatro, sons, músicas ou criação de personagens. Os resultados são muitos, rápidos e profundos, pois a arte possibilita a cura por meio da expressão das emoções e da ampliação da percepção do mundo subjetivo (consciência). Observando a própria obra, o paciente tem a oportunidade de comentar o que vê e percebe, além de identificar o que pode ser reformulado em sua vida.
"A imagem em um pedaço de papel é uma mensagem de você para você mesmo. Como a arte é uma metáfora, ela proporciona a descoberta de possibilidades", afirma Selma Ciornai, psicóloga e psicoterapeuta, supervisora e coordenadora acadêmica do curso de Especialização em Arteterapia do Instituto Sedes Sapientiae, em SP.
Para usufruir dos benefícios dessa terapia, não basta a prática de alguma atividade criativa. Segundo as especialistas, esse tipo de exercício é sempre relaxante e saudável, mas não significa que funcionará como Arteterapia. "Para que essa atividade cumpra seus fins, ela deve ser praticada sob o olhar cuidadoso de um profissional. É essa presença ativa do terapeuta que facilitará o processo de perceber e lidar com os próprios problemas e recursos", diz Selma.
"A proposta é trabalhar com o indivíduo de forma holística. Por isso, o que se espera dos terapeutas é que eles sejam hábeis na comunicação das palavras e das imagens", acrescenta Valéria. "No final do tratamento, o paciente deve ser capaz de ver as coisas belas que produziu como algo vindo do 'seu eu profundo', nascido dele, e com o qual poderá abrir sua própria janela para o mundo", completa.

Ler para lidar com os males da alma

A Biblioterapia pode diminuir a ansiedade, depressão, fobias e até mesmo melhorar a autoestima entre diversos tipos de público e faixas etárias.
Profissionais como psicólogos, educadores, bibliotecários e assistentes sociais, quando bem preparados e treinados, podem aplicar a terapia por meio de livros. O especialista, primeiramente, identifica o problema a ser tratado, para depois selecionar a obra que será utilizada. Em seguida, são feitos o compartilhamento das experiências e o acompanhamento do impacto do material escolhido.
Ao ler um texto, o indivíduo constrói um texto paralelo, ligado às suas experiências e vivências pessoais, o que o torna diferente para cada leitor. A literatura tem o poder de mexer com as emoções porque admite a suspensão temporária do que se conhece por descrença. Isso significa que durante a leitura, ele passa a acreditar nos acontecimentos dos livros e esquece dos próprios problemas, causando o bemestar e assim diminuindo a dor.
O leitor se envolve com a trama ou com o personagem da história (envolvimento) e identifica-se com o caráter ou com a experiência apresentados no livro (identificação). Ao identificar-se, o indivíduo sente alívio pelo reconhecimento de que outros têm adversidades similares. Os dilemas resolvidos com sucesso na obra farão com que o leitor realize uma tensão emocional associada aos seus próprios problemas (catarse). Desta forma, ele pode querer aplicar o que aconteceu na história fictícia à sua vida. Em seguida, a semelhança dos problemas da trama com a sua realidade faz com que o leitor chegue a uma etapa final (universalidade), onde consegue compreender outros problemas similares.

"Com a leitura terapêutica o leitor se distancia de sua própria dor e também é capaz de expressar seus sentimentos e ideias, possibilitando uma percepção mais aguçada de sua situação de vida. A partir daí desenvolve-se ainda uma forma de pensar criativa e crítica. Ler também diminui o sentimento de solidão, e estimula uma maior empatia com outras pessoas"

sexta-feira, 18 de maio de 2012

entrevista dada à revista PODER pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho


Trecho da entrevista dada à revista PODER pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho:
PODER: O que fazer para melhorar o cérebro ?
PN:Vc tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, reclamando de tudo, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter alegria. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto.
PODER: Cabeça tem a ver com alma?
PN: Eu acredito que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma... Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo. Isto comprova que os sentimentos se originam no cérebro e não no coração.

PODER: O que se pode fazer para se prevenir de doenças neurológicas?
PN: Todo adulto deve incluir no check-up uma investigação cerebral. Vou dar um exemplo: os aneurismas cerebrais têm uma mortalidade de 50% quando rompem, não importa o tratamento. Dos 50% que não morrem, 30% vão ter uma sequela grave: ficar sem falar ou ter uma paralisia. Só 20% ficam bem. Agora, se você encontra o aneurisma num checkup, antes dele sangrar, tem o risco do tratamento, que é de 2%, 3%. É uma doença muito grave, que pode ser prevenida com um check-up.

PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?
PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?
PN: Todo exagero.
Na bebida, nas drogas, na comida, no mau humor, nas reclamações da vida, nos sonhos, na arrogância, etc.
O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra.
É muito difícil um cérebro muito bom num corpo muito maltratado, e vice-versa.

PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?
PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que você vai entrar na célula, com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai matar aquela célula doente que te faz infeliz. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.

PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?
PN: Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem mentalmente, com saúde, e bom aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha.

PODER: Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?
PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.

Você acredita em Deus?
PN: Geralmente depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vai até a família e diz:

"Ele está salvo".

Aí, a família olha pra você e diz:

"Graças a Deus!".

Então, a gente acredita que não fomos apenas nós,
que existe algo mais, independente de religião.

quarta-feira, 9 de maio de 2012


A ansiedade pode aparecer em várias forma e a cada dia parece ser um problema generalizado, que afeta pessoas independente da idade e o local onde vivem.
Se você  está propenso a ansiedade, você tem duas opções:
A-se entregar e conviver com ela
B-aprender a superá-la.
Se você estiver disposto a se entregar à ela você continuará sendo uma pessoa infeliz, estrssada e claro, ansiosa. Mas, se você está disposto a enfrentá-la certamente encontrará uma alternativa melhor para sua vida pessoal, emocional e profissional. Você pode até não se livrar totalmente dela, mas só o fato de conseguir amenizar os efeitos da ansiedade na sua vida já fará muita diferença para você.
A ansiedade desperdiça o seu tempo, energia, enfraquece a você mental e fisicamente. Você não ajuda ninguém e não resolve nenhum problema por estar ansioso.
Tenha em mente que você tem sempre uma escolha: ceder à ansiedade, ou tentar superar a ansiedade, pelo menos parcialmente.
Aqui estão 12 dicas para superar a ansiedade, ou pelo menos atenuar isso:
1. Falta de controle sobre os seus pensamentos reforça sua ansiedade. Conforme os  pensamentos negativos ficam mais fortes, sua ansiedade fica muito mais forte. Você precisa aprender a controlar seus pensamentos.
2. Sentimentos e emoções funcionam como um combustível e reforçam a ansiedade. Você precisará desenvolver alguma auto-disciplina e aprender a ter controle sobre seus sentimentos. Você também precisará desenvolver algum grau de distanciamento emocional.
3. Quando você vai para a cama à noite a última coisa a pensar, e a primeira coisa quando você acordar pela manhã, pense sobre as coisas boas que estão acontecendo para você. Há sempre coisas boas acontecendo, mesmo que pequenas e insignificantes.
4. Comece o dia com alguns minutos de afirmações positivas. Diga-se como gostaria que seu dia para ser. Use palavras positivas, felizes e motivadoras.
5. Se mantenha ocupado e faça algo. As atividades mantém sua mente longe da ansiedade. Quando você acordar de manhã, comece a fazer algo imediatamente e se mantenha ocupado durante todo o dia. Limpar a casa, lavar a louça ou trabalhar em seu jardim, ler, estudar, meditar ou exercitar seu corpo pode ajudá-lo a manter sua mente longe da ansiedade. Ficar ocioso e pensando sobre seus problemas e preocupações não vai fazê-los desaparecer.
6. Definir um objetivo e trabalhar todos os dias para alcançá-lo. Esta ação irá direcionar seus pensamentos e sentimentos longe de preocupações e ansiedades, em direção a algo mais positivo e construtivo.
7. Fale sobre suas ansiedades com alguém que você confia. Falando sobre suas ansiedades e sentimentos pode aliviá-los e colocá-los nas devidas proporções, desde que você fale objetivamente e com um desejo real de se livrar de sua ansiedade, ou pelo menos reduzir sua intensidade.
8. Exercitar seu corpo e ficar disposto é uma boa maneira de manter os medos e ansiedades afastado. Você pode caminhar, nadar, fazer yoga, aeróbica ou qualquer outro esporte.
9. Encontre motivos para rir. Isto irá trazer luz e felicidade em sua vida e afastará a ansiedade de você. Assista comédias na TV, seja feliz, se divirta com seus amigos ou leia algo que te faça rir.
10. Utilize palavras positivas em suas conversas com as pessoas e em sua conversa interior.
11. Afirmar e visualizar eventos e situações positivas. Visualize uma solução feliz e positiva para seus problemas.
12. Se você acha que assistir ao noticiário “preenche” sua ansiedade desligue a TV! Limitar o tempo de assistir ao noticiário, não assistir coisas que possa perturbar você antes de ir para a cama irá ajudar no combate à ansiedade.
As dicas e informações neste artigo não substituem o aconselhamento profissional.

segunda-feira, 7 de maio de 2012


Hospital da Posse recebe projeto “ComVIVÊNCIAS”

Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEMDPDEF) escolheu a Classe Hospitalar do Hospital Geral de Nova Iguaçu para receber o quarto encontro do projeto “ComVIVÊNCIAS”, no dia 25 de abril. A secretária adjunta dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Ana Lucia Somma, ressaltou a importância da escolha do local para a reunião. ...“A Secretaria propôs trazer este encontro para a Classe Hospitalar porque conhece o trabalho realizado pela professora Luciene Braga e tira o chapéu para o progresso deste projeto”, ressaltou.
Segundo Ana Lucia, o objetivo do projeto “ComVIVÊNCIAS”, é que pais e cuidadores troquem suas vivências e tenham nele uma retaguarda. “Na Secretaria há assistência psicológica para que não apenas cuidem, mas também sejam cuidados”, disse aos responsáveis das crianças portadoras de deficiência.
O psicólogo Luís Carlos Albuquerque palestrou sobre como proceder no diagnóstico e tratamento do filho portador de deficiência. A palestra foi direcionada aos responsáveis das crianças que fazem parte do AME (Atendimento Multiprofissional Especializado), mas os pais dos alunos-pacientes da Classe Hospitalar também participaram do encontro. O AME é uma proposta na qual um grupo de profissionais do HGNI oferece à criança, nascida na unidade com algum tipo de deficiência, e a seus familiares orientações e ferramentas que os possibilitem compreender e lidar com a deficiência.

domingo, 6 de maio de 2012

VIVER E SER FELIZ.

E a VIDA o que é?
Tantos já a recitaram em verso e prosa ...
É a batida do coração? O funcionamento do cérebro? 
Há quem diga que é a busca incessante pela felicidade.
Mas, o que é ser feliz?
É viver cada momento o AQUI E AGORA e, com certeza nem todos os momentos serão agradáveis. 
Tem cada dia que era melhor passar a borracha e apagar, mas como não dá para fazer assim, o jeito é procurar a melhor solução tentando não pensar negativamente. Podemos transformar tudo em experiências.
Ou nos entregamos ou damos a volta por cima. Ás vezes a situação nos desarma, isso faz parte, desânimo, choro, indignação, raiva, etc. Chore, as lágrimas lavam a alma. Pare, pense, respire fundo. O importante é ser forte para superar e esperar os resultados do nosso crescimento interno.
A VIDA vale a pena depende de como você vai vivê-la. O tempo voa. Precisamos SER FELIZ AGORA!
                                                                            Ana Somma

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