quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Quando estou feliz, vejo a felicidade nos outros. Quando sinto compaixão, vejo o mesmo sentimento nas outras pessoas. Quando estou cheio de energia e esperança, vejo muitas oportunidades à minha volta... Mas, quando estou com raiva, vejo uma irritação despropositada. Quando estou deprimido, percebo a tristeza nos olhos de quem me rodeia. Quando estou desanimado, vejo o mundo como um lugar chato e sem atrativos. EU VEJO O QUE EU SOU!
(Steve Chandler)

Além do Bullying: provocações que humilham...

Quando isso acontece, a criança começa a acreditar que as imagens negativas dela mesma, refletidas pela cultura em que vive, são não só totalmente verdadeiras mas também totalmente isentas de preconceito, de influência da opinião e de preferências pessoais. A criança começa a acreditar que ela é fraca, feia, inaceitável, e que isso continuará a ser verdade não importa o esforço que ela faça para reverter a situação. (Pínkola, p.200)
http://www.contioutra.com/provocacoes-que-humilham-o-deseq…/
Uma questão extremamente séria é perceber ou descobrir que seu filho, ou filha, está envolvido em situações ligadas a provocações, humilhações e o sofrimento de outros.
contioutra.com|Por Ana Macarini

Auto-observação: Você pratica? (Marcela Pimenta Pavan)


A auto-observação é a capacidade de nos percebermos e respeitarmos o nosso estado emocional, pode parecer simples, mas é um exercício que exige uma certa coragem e uma disponibilidade interior para aproximar-se de si mesmo.
É uma prática que traz muitos ganhos, pois a partir de uma boa observação podemos fazer escolhas mais acertadas para a nossa vida e para as relações que temos, ganhando em bem-estar e autonomia.
A auto-observação é como um exercício, quando colocamos energia e damos continuidade, ela se torna um hábito, e se apresenta como um recurso diário que nos auxilia perante as adversidades da vida.

Como é isso no dia a dia?
Quanto mais agitada a nossa vida, mais a tendência a prestarmos muita atenção para o que é externo. É preciso trabalhar, cuidar de si, cuidar dos filhos, e tantas outras coisas. E o interno? Muitas vezes deixamos para depois e quando, constantemente, passamos por cima de nós mesmos, sem nos percebermos, a irritação e a insatisfação se instalam. Tendemos a nos irritar com as coisas, situações e pessoas em demasia. Quando projetamos toda a nossa irritação externamente é hora de parar e retomar a situação, buscando encontrar o que é realmente nosso e o que é do outro.
Uma das formas de amenizar essa irritação é praticando diariamente a auto-observação. Só de reconhecermos como estamos emocionalmente já há um certo alívio, é o respeito a si mesmo, uma espécie de auto gentileza por aquilo que somos.

Como exercitar?
Uma das sugestões é que logo pela manhã você se pergunte: Como estou hoje? Escreva e coloque em algum lugar visível, não tenha receio da resposta, medite a respeito por alguns minutos. Depois encontre formas de ser generoso consigo mesmo. Por exemplo, se a resposta foi “hoje estou desanimado porque tenho uma reunião difícil no trabalho”, que tal se poupar um pouco? A ideia é não se colocar em situações que vão exigir de você mais do que pode doar. Ao contrário, se está animado, feliz, pode programar atitudes que vão exigir mais de você, pois terá energia para isso.
Ao longo do dia esteja atento as suas reações, ficou com raiva no trânsito? Procure algo que te traga mais tranquilidade antes de começar o trabalho. Está com medo? Ligue para alguém ou leia algo que tenha a capacidade de te motivar e encorajar.
Além da auto-observação, é importante respeitar o que estamos sentindo para escolhermos situações que nos auxiliem, e não ao contrário. Quando nos priorizamos e nos sintonizamos com aquilo que somos, trazemos uma parte importante de nós para o mundo, entendendo que faz parte da vida as variações de humor e emoções e que é possível lidar com elas de uma forma inteligente e saudável. Agradar aos outros é bom, mas fazemos isso legitimamente quando primeiro estamos bem conosco. A auto observação é uma grande demonstração de amizade e de reconciliação consigo mesmo.

Pode brincar, correr ou até gritar, ninguém vai reprimir nem olhar de cara feia. A luz fica acesa, e o som, mais baixo. Explicadas as regras, ou a ausência dela...
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

GANHOS SECUNDÁRIOS: LINHAS INVISÍVEIS QUE DEFINEM O NOSSO COMPORTAMENTO
Por Dolores Rizo - Psicóloga

Os ganhos secundários são as consequências que acompanham situações nas quais nos sentimos mal ou simulamos um sentimento negativo. E que, além disso, paradoxalmente, possuem algo de positivo para a pessoa que os obtém.
Este “algo positivo” pode se converter em algo muito perigoso, já que é um estimulante ou um prêmio que vai incentivar que voltemos a nos colocar na situação desagradável.
Por exemplo, uma doença pode supor uma reação dos outros com a pessoa doente, de cuidados, de atenção, de demonstrações de afeto e de condescendência. Além disso, pode existir o ganho secundário de não ter que ir trabalhar, ou de melhores condições trabalhistas adaptadas à doença, ajudas governamentais, etc.
São tantas coisas boas que alguém poderia pensar. Por que vou investir em me curar se, em troca de uma dor mais ou menos suportável, obtenho um monte de coisas positivas?

COMO DESCOBRIR OS GANHOS SECUNDÁRIOS?
Os ganhos secundários podem ser muito sutis e encobertos, de tal forma que a pessoa que os recebe talvez não seja consciente do benefício que está recebendo.

A pessoa que sofre de mal-estar por uma doença ou emoções que a oprimem, na verdade é uma pessoa infeliz, e com frequência se queixa da sua situação.
Contudo, ela reconhece que a sua situação poderia ser pior, já que, apesar do sofrimento, o ocorrido lhe concede alguns privilégios, como ter por perto as pessoas que gosta, ficar sem trabalhar, conseguir mudanças nas pessoas próximas já que estas farão o possível para que melhore o estado e a dor da pessoa que está mal, etc…

COMO OS GANHOS SECUNDÁRIOS AFETAM AS RELAÇÕES?
Os ganhos secundários são um benefício, dentro do mal-estar, para a pessoa que os recebe, mas é um desgaste grande para aquelas pessoas com as quais convive, já que sofrem como se fosse seu o mal-estar da pessoa doente.
Os familiares, o cônjuge, amigos próximos ou seres queridos são os que sofrem as piores consequências, já que podem acreditar que a pessoa doente se recuperar ou melhorar é algo que depende do seu comportamento.
Esta carga termina se transformando em uma dependência para ambas, já que a pessoa que sofre o seu processo dependerá daquelas que cuidam dela.

A CHANTAGEM EMOCIONAL
Portanto, dentro dessa dependência que se forma da pessoa doente em relação às pessoas que lhe facilitam os ganhos secundários, é muito fácil se deixar levar pela chantagem emocional. Isto é, a pessoa doente pode acabar culpando, exigindo ou carregando a pessoa que cuida com o desenrolar da sua doença ou estado de saúde, na tentativa de conseguir o que espera.
Podemos ver um exemplo disto naquelas pessoas que têm um estado ultrapassado de irritação, ira ou fúria, etc… Elas costumam culpar as outras pessoas pela sua reação e mal-estar. Além disso, esperam que a outra pessoa mude, peça desculpas ou reconheça o erro, mantendo a irritação, a ira, etc… por um longo período de tempo. Mantêm a sua postura como medida de pressão: esperando sentir-se melhor apenas quando o outro mostrar algum tipo de mudança na direção que elas pretendem.
Assim, dessa forma, a pessoa culpada tenderá a ceder para evitar o conflito ou o mal-estar que a pessoa emocionalmente afetada lhe provoca.

RESISTÊNCIA À MUDANÇA
As pessoas que obtêm algum tipo de ganho secundário evitam as mudanças terapêuticas, já que, apesar do mal-estar, a recompensa obtida com este estado é maior.
Contudo, por se tratar de um processo inconsciente, tanto nos ganhos quanto na resistência, quando a pessoa se torna consciente disto, costuma trabalhar mais profundamente a sua mudança de atitude e, consequentemente, a sua melhora de saúde física e psicológica.

EU VEJO O QUE EU SOU!

Quando estou feliz, vejo a felicidade nos outros. Quando sinto compaixão, vejo o mesmo sentimento nas outras pessoas. Quando estou cheio de energia e esperança, vejo muitas oportunidades à minha volta... Mas, quando estou com raiva, vejo uma irritação despropositada. Quando estou deprimido, percebo a tristeza nos olhos de quem me rodeia. Quando estou desanimado, vejo o mundo como um lugar chato e sem atrativos. (Steve Chandler)

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